domingo, 4 de outubro de 2009

Doce so-li-dão.

Ah, solidão.
Talvez meu medo fosse de te encontrar.
Acordar sozinha, levantar sem dar bom dia, sem dar beijo.
Passar o dia inteiro sem ter em quem pensar.
Passar sem.
Sem...
Mas não tinha jeito. Eu sabia que ia esbarrar com você em algum momento.
Cansei de fugir, de me esconder.
Puxa uma cadeira, senta aí.
Vamos conversar.
Eu sei que você não conversa...
Que não afaga e não consola.
Mas também sei que não vai embora.
Tão cedo.
Tem de ficar.
Então, vamos lá.
A gente anda precisando mesmo uma da outra.
Você vai ser minha fortaleza, um dia, sabia? Minha conquista.
Por isso, e só por isso, eu vou te agüentar.
No amor que eu não vou mais mentir.
Na metade do lençol que eu não vou mais puxar.
No cigarro que eu to tentando largar.
Nos sonhos próprios.
Até me fartar.
E além.

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